O novo rosto da sua empresa pode e deve  ser você

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Colunista: Guilherme Vicente de Morais

Donos que se comunicam em nome do próprio negócio têm se tornado o maior diferencial das marcas que mais crescem. Eles estão descobrindo que o melhor marketing pode vir do próprio espelho. Em tempos de hiperconexão e algoritmos impessoais, colocar a cara no jogo é mais do que um gesto de coragem.

Basta uma olhada rápida no Instagram para notar: João Adibe Marques, presidente da Cimed, aparece com frequência em vídeos descontraídos, mostrando os bastidores da indústria farmacêutica que comanda. O mesmo acontece com Bruno Nardon, Tallis Gomes e Alfredo Soares, do G4 Educação. Eles são as vozes e os rostos do próprio negócio. Não terceirizam o carisma e lideram com autenticidade, falando diretamente com seu público.

João Adibe
João Adibe. Foto: Reprodução/Internet
Bruno Nardon, Tallis Gomes e Alfredo Soares
Bruno Nardon, Tallis Gomes e Alfredo Soares. Foto: Reprodução/Internet

O motivo é simples: o público se conecta com pessoas. E, mais que nunca, a confiança está na transparência. Quando o dono fala, o discurso ganha peso. O conteúdo, valor. E a empresa, audiência. A comunicação deixa de ser uma vitrine e passa a ser uma ponte — viva, sensível e estratégica.

A Magazine Luiza entendeu isso antes de muita gente. Criou a influenciadora virtual Lu, um avatar 3D com quase 8 milhões de seguidores. A Lu não existe fisicamente, mas tem nome, rosto, estilo, posicionamento e bordões. É carismática, engajada e reconhecida. Resultado? Atrai seguidores, impulsiona campanhas e humaniza a marca.

Lu, do Magalu, em campanha feita em parceria com a Adidas. Imagem: Magazine Luiza/Reprodução

Se até uma influenciadora que não é humana pode gerar tamanho impacto, imagine o que pode acontecer quando o próprio fundador assume o papel de protagonista. Não estamos falando de vaidade. Estamos falando de estratégia de comunicação. Marcas ganham escala quando ganham rosto. E quem melhor para representar a alma do negócio do que quem o criou?

A nova era da comunicação pede coragem para aparecer. Pede posicionamento. E, principalmente, pede intenção. Não basta postar. É preciso comunicar com intencionalidade, com consistência e propósito.

O caminho mais curto entre você e seu cliente pode ser uma boa história. E, muitas vezes, essa boa história começa com um “oi, eu sou o fundador”.

Guilherme Vicente de Morais

Guilherme Vicente de Morais

É sócio-fundador da Editora Escreva. Produtor cultural, escritor e jornalista especializado em comunicação, marketing e posicionamento.

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