Colunista: Guilherme Vicente de Morais

A Inteligência Artificial está aí e não adianta resistir: ela chegou para ficar.
Estamos diante de uma revolução sem precedentes. Uma virada de chave tão impactante quanto a chegada da internet ou do surgimento do smartphone. Quem não entender isso – ou pior, quem continuar ignorando – será simplesmente engolido pelo mercado.
Nos últimos meses, testemunhamos atualizações em ferramentas de Inteligência Artificial (IA) que, de tão poderosas, chegaram a assustar até os mais experientes profissionais. No universo da comunicação, por exemplo, já circulam previsões pessimistas: “acabou para os fotógrafos, designers e editores”. Mas será mesmo?
A verdade é que a IA não substituirá os profissionais. Ela eliminará os que não souberem se reinventar. Deixará para trás os que seguem fazendo mais do mesmo, sem estratégia, sem diferencial. Por quê? Porque as inteligências artificiais fazem esse “mais do mesmo” em muito menos tempo, com poucos comandos e até melhor.
O segredo é tê-la como aliada. Sabe aquele velho ditado “se não pode com ela, junte-se a ela”? Pois é! Nunca fez tanto sentido.
As inteligências artificiais chegaram para nos ajudar a ganhar tempo, a organizar nossas ideias, a multiplicar nossa produtividade. Projetos que antes demandavam equipe, orçamento robusto e semanas de execução podem ser realizados, agora, em questão de horas – por uma única pessoa com domínio da ferramenta certa.
E aqui está o pulo do gato: a chave do jogo não é a ferramenta em si. É quem está por trás dela. É a mente que guia o prompt. É a visão estratégica de quem sabe contar uma boa história e se comunicar com clareza. A IA, sozinha, não entrega valor, mas nas mãos certas, ela é capaz de romper limites e transformar o jeito como produzimos, comunicamos e impactamos o mundo.
Isso assusta? Sim! Mas também liberta!
Toda revolução provoca medo, levanta críticas e desperta resistência. É compreensível, mas continuar preso a esse medo é o que vai, de fato, te parar. Lembre-se do que aconteceu com a Uber e o Airbnb. Enquanto taxistas brigavam por mais carros e redes hoteleiras por mais hotéis, essas duas empresas dominaram o mercado sem ter nem frota de veículos, nem leitos de hospedagem. Elas entenderam o poder da tecnologia e apostaram na inovação, enquanto os outros estavam ocupados defendendo velhos modelos.
O mercado não premia os que mantêm o status quo, ele recompensa os que têm coragem de ir na contramão. A revolução tecnológica não é para os conservadores. Ela é para os ousados. Para os criativos. Para os que não têm medo de desaprender para aprender de novo.
E para onde você vai?
Estamos vivendo um momento único, uma nova era, e como em toda transição radical, só existem dois caminhos: resistir ou dominar. Se a IA pode ser perigosa nas mãos erradas, ela também pode ser uma alavanca poderosíssima nas mãos certas.
A pergunta que fica é: você assistirá essa revolução passar ou fará parte dela?

Guilherme Vicente de Morais
É sócio-fundador da Editora Escreva. Produtor cultural, escritor e jornalista especializado em comunicação, marketing e posicionamento.